terça-feira, 8 de dezembro de 2009

1, 2, 3... transmidiando


Esta é a última tarefa do curso de Pós-Graduação Ensino de Línguas Mediado por Computador da Universidade Federal de Minas Gerais na disciplina Tecnologias, Cultura e Socialização ministrada pelo Professor Ricardo de Souza.

A tarefa proposta consiste na análise de uma cena final do seriado Glee exibido pelo canal de TV por assinatura, Fox e outros dois vídeos baseados no primeiro, todos postados no site Youtube.

Bom, a primeira coisa que me veio à cabeça ao assistir aos três vídeos, foi uma célebre frase do saudoso apresentador de programa de TV, Chacrinha, "Nada se cria, tudo se copia.", e de fato é a realidade do nosso tempo.

A gente assiste vários programas de TV e ouvi muitas músicas, acreditando na maioria das vezes que é um grande lançamento, a nova onda do momento, e muitas vezes não é, um detalhe a mais, outro a menos e estamos envolvidos interagindo com o "novo-velho-de-sempre".

O nosso tempo é o tempo da cultura da convergência e da narrativa transmidiática, como Jenkins (2008) nos esclarece ao analisar o filme Matrix e todos os seus derivados, se assim podemos chamar, no texto "Em busca do Unicórnio de Origami".

Ao me interar da realidade do nosso mundo, me conscientizei que já viviamos a cultura da convergência e da narrativa transmidiática já a algum tempo, mas no que consiste estes dois nomes? Volto ao Velho Guerreiro Chacrinha e a questão do copiar e não criar, a verdade é que os conceitos: a convergência, transmidiática e o copiar tem um ponto em comum.

Na era da convergência as obras são de certo modo abertas propositalmente tanto por questões lucrativas como também pelas tendências do nosso tempo, oferecendo várias oportunidades de extensão, releitura, complementação, enfim desdobramentos através de outras obras e artistas, já a narrativa transmidiática é justamente a "reescrita" da obra base através de várias obras, ou obras e até mesmo jogos e produtos.

O propósito disto é que eu e você mergulhe, mergulhe de tal maneira na obra que possamos interagir nos seus desdobramentos e aí deixamos de ser passivos consumidores-fruidores para consumidores-fruidores-produtores e aí se copia, acrescenta aqui ou ali.

É o que aconteceu com a cena final do seriado Glee através dos outros dois vídeos e é o que também podemos perceber ao pensar na relação entre a boneca Barbie, a música sobre ela e, é claro, uma nova versão da música feita pelo fabricante da boneca, através da convergência o fabricante vê uma oportunidade e atua narrando de forma transmidiática como consumidor-fruidor-produtor, a Barbie foi primeiro boneca, depois música e vídeo clip através da TV e da Web, voltou a ser música, comercial de TV e por fim vídeo da Web de novo.


















2 comentários:

  1. Olá, Mônica!
    Muito bem lembrado o Chacrinha, hein! O Comunicador Guerreiro já havia percebido a inteligência coletiva e a convergência midiática.
    O exemplo da Barbie também explicitou bem o que Jenkins quis dizer no capítulo 3. Cada texto que lemos dos colegas aprendemos mais um pouco!
    Abraços
    Marieta

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  2. Olá Mônica,

    Lendo seu texto vemos que : o seu acrescentar aqui e ali vem rendendo criativos consumidores-produtores.

    Abraços,
    Márcia Rejane

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